domingo, 7 de fevereiro de 2010

Poluição nos Oceanos

Quase todos os rios carregam poluentes para o oceano. Além disso, as cidades costeiras contribuem para a poluição dos mares lançando, nas águas, esgotos e outros resíduos urbanos.
A grande extensão dos oceanos dilui os poluentes. Entretanto, como o despejo de materiais vem ocorrendo ano após ano, a concentração de muitas substâncias está aumentando perigosamente, principalmente nas plataformas continentais, onde se concentra grande parte da vida marinha.
Cerca de 35% de todo o esgoto domiciliar acaba alcançando os oceanos, sem receber nenhum tipo de tratamento, e contaminando as águas e as praias com bactérias fecais. A presença de material orgânico em grande quantidade, resultante do despejo de esgotos in natura, acarreta entronização da águas, e o aumento excessivo da população de certas algas pode provocar episódios de marés vermelhas.
Os oceanos são contaminados por agentes químicos, como DDT, outros insecticidas e mercúrio, resultantes da actividade agrícola ou industrial. Objectos de plástico são lançados em grande quantidade nos oceanos e permanecem no ambiente por séculos. Embora sejam quimicamente inertes, podem matar animais aquáticos por sufocação quando engolidos ou retidos nas brânquias.
Um grave aspecto da poluição oceânica é o comprometimento da comunidade aquática. Embora as águas costeiras representam apenas 0,5% de todo o volume dos oceanos, elas concentram mais de 90% de toda a biomassa marinha. Acredita-se que mais de 50% dos ecossistemas marinhos já estejam de alguma forma afectados pela presença humana.
Dos agentes poluidores associados com a actividade humana, um dos mais temidos é o petróleo. Menos denso que a água, o petróleo derramado permanece à tona como uma película. A dificuldade que provoca à entrada de luz compromete a fotossíntese e, em consequência, todo o equilíbrio ecológico. As brânquias de peixes, crustáceos, moluscos e outros animais marinhos ficam encobertas pelo óleo, que impede a ocorrência de trocas gasosas. Aves aquáticas ficam com as penas encharcadas de óleo e não conseguem alçar voo, muitas morrem afogadas.

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